sábado, 5 de junho de 2010

Porto Alegre continua sendo demais

 

DSC00651 Ponto

Todos partimos um dia, tiramos os planos das gavetas, colocamos os sonhos na mochila e vamos. Talvez pela aventura, pela novidade, pela necessidade, mas acho que sobretudo pelo desejo de voltar.

Moro em Curitiba há 10 anos e toda a vez que volto a Porto Alegre (e tenho feito isto frequentemente), a sensação é muito bacana, o ritmo, o cheiro da cidade (ok! nem todos os cheiros da cidade), a movimentação das pessoas, das lembranças ternas do passado. Tudo isto me enche de energia e me dá vontade de partir… para em breve, poder voltar!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A tragédia dos outros

Quando um acontecimento que ceifa milhares de vida acontece em um lugar longe (ou nem tanto de onde vivemos) ficamos tocados, a tragédia dos outros é pungente, colorida e estruturada. Porém vivemos tragédias locais de muito tempo que somem na nossa atribulada agenda no lugar em que vivemos.

Me pergunto se as tragédias, de longe e de perto, são tão diferentes. As vidas humanas ceifadas ao longo de um ano de miséria, degradação e fome valem menos do que aquelas ceifadas no fugaz momento de um tremor de terra? A falta de infra-estrutura e decência é tão diferente?

Conseguimos ajudar a pessoas que estão longe com doações, mobilização e espaço de mídia, porém fechamos o vidro dos carros para pessoas que estão muito mais próximas e que teimam em existir numa tragédia que é muito mais constante e que parece que não terá fim.

Na minha estante